Monday, January 31, 2005



é no interior do sonho que olho (para)

o tempo (que já não respira) atravessado pelo riso



esfarrapam-se os espaços (de contacto) onde me apoio

equilíbrio frágil num trapézio de sombras



esboçam-se sorrisos (escondidos)



ao que realmente existe, acrescento olhares (de espanto)

paisagens por desenhar (para dias de ausência)



assim invento maneiras simples de te escrever

como se saíssem da minha voz as palavras onde

o silencio é adorno





eue



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