Sunday, January 9, 2005

incendiar, sim, é um processo

mais simples. Cubro a cabeça de cinza

(não de estrelas!), como se fora um aviso.

Eis-nos chegados ao fim

do mundo! É uma parede considerável, um monumento

ao saber mais antigo,



percorre-nos interiormente! E entretanto

entornamo-nos em todos os sentidos, e sei que no meio me esqueço

o essencial, esse frasco de perfume

ao descer o dia? ou seria a noite? quando

as mãos ainda nos aproximavam,



o fogo era uma palavra entre todas a mais fácil,

e só, em nós, a luz vivia.



António Franco Alexandre







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