Thursday, May 15, 2008

não esperes que te ajude o cavaleiro
andante ou — menos ainda — a música.

cresceste demasiado, o teu corpo
não cabe no teu corpo e o amor

(ah, o amor) ajuda mas não salva.

— vem comigo partir estes pinhões,
sob o esboroado cor-de-rosa das paredes.
os cavalos, acredita, não te farão mal.

depois das laranjeiras havia um tanque,
depois do tanque um jardim. mas
de pouco te serve dizê-lo, agora que tratas

por tu a mais íntima distância do que foste.



manuel de freitas



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3 comments:

Anonymous said...

este poema é tão lindo :)

Anonymous said...

cavaleiros andantes com caves na áustria

velhinhos no metro a oferecer imagens de fátima a crianças incautas

Anonymous said...

gosto desse poema. é de que livro do manuel de freitas?